Com o fechamento do ano fiscal, vem o momento da prestação de contas. Nesse contexto, é claro que a reparação automotiva não fica de fora. Além dos balanços mensais, todas as oficinas (exceto as enquadradas no MEI) são obrigadas a elaborar e apresentar os seus relatórios anuais: o Balanço Patrimonial (BP), o Relatório de Lucros ou Prejuízos Acumulados e a Demonstração de Resultados do Exercício (DRE). Neste post, vamos explicar o que é, qual é a importância e como calcular este último, a DRE, para oficinas automotivas. Confira!
O que é a DRE?
A DRE (sigla para Demonstração de Resultados do Exercício) é um relatório contábil que demonstra se a atividade de uma empresa – no caso, a sua oficina – está gerando lucro ou prejuízo. Ela deve ser feita todos os anos e obrigatoriamente assinada por um contador habilitado pelo Conselho Regional de Contabilidade (CRC).
Embora seja obrigação por lei realizá-la após o encerramento do ano fiscal brasileiro (período compreendido entre janeiro e dezembro), você pode fazê-la mensalmente por conta própria, como parte da sua rotina de gestão. Aliás, recomendamos essa prática, uma vez que a DRE também pode ser uma grande aliada da sua oficina automotiva. E é sobre isso que vamos falar a seguir.
A importância da DRE para uma oficina automotiva
Mais que uma obrigação contábil anual, a DRE é um importante instrumento para acompanhar o desempenho do seu negócio. Através dela, você consegue ter acesso a indicadores financeiros de extrema importância para tomar decisões de grande impacto na sua oficina. De forma mais específica, é possível:
- obter o resultado líquido do seu desempenho, visualizando, de forma global, a real situação da saúde financeira da sua empresa;
- visualizar custos e receitas de forma categorizada, contribuindo para decisões corretas quando o a intenção é cortar gastos e aumento de faturamento.
Além disso, não podemos esquecer do peso da DRE para uma oficina como instrumento de comprovação fiscal para a empresa e para as pessoas físicas responsáveis por ela. É possível provar através dela, junto ao Governo, que os impostos foram calculados devidamente e apurados de acordo com o lucro declarado dos sócios da empresa.
Quando o assunto é captação de recursos, a DRE também não fica atrás em importância. Ela é um documento confiável que você pode apresentar a bancos ou analistas financeiros caso precise de empréstimos ou condições especiais de negociação. O mesmo ocorre se a sua intenção é atrair investidores para a sua oficina. Em ambos os casos, ela é uma forma de comprovar o andamento e situação atual das finanças da sua empresa.
Quais dados uma DRE deve conter?
É importante ter em mente que ela deve conter os dados e seguir os padrões estabelecidos pelo Artigo 187 da Lei 6.404/1976 e pela Lei 11.638/2007. Em relação aos indicadores, temos:
- A receita bruta das vendas e serviços realizados, incluindo as deduções das vendas, os abatimentos e impostos;
- A receita líquida das vendas e serviços, bem como o custo dos produtos e serviços vendidos e o lucro bruto;
- As despesas com as vendas, as despesas financeiras deduzidas das receitas e as despesas operacionais, administrativas e gerais;
- O lucro ou prejuízo operacional, bem como outras receitas e despesas;
- O resultado do exercício antes do Imposto de Renda, além da provisão para esse imposto;
- Os valores relacionados às debêntures, aos funcionários, administradores e outros beneficiários, mesmo que na forma de instrumentos financeiros, bem como às instituições, aos fundos de assistência ou à previdência de empregados, os quais acabam não sendo classificados como despesas;
- O lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
Como elaborar uma DRE para a minha oficina?
Antes de tudo, é importante relembrar o que dissemos no início deste post: toda DRE elaborada com finalidade de cumprir com a obrigação governamental deve ser conferida, validada e assinada por um contador habilitado pelo CRC.
Por outro lado, quando falamos dos meios para calcular esses indicadores e compor o seu relatório, não há restrições legais – desde que eles os computem corretamente, é claro. Nesse sentido, há quem ainda faça os cálculos manualmente hoje em dia. Porém, isso não é recomendável, não importando se a finalidade da DRE é gerencial ou legal, por conta do risco de imprecisão que essa forma traz.
Nesse sentido, para minimizar erros, é fundamental utilizar ferramentas que automatizem esse processo. Nessa categoria, temos à nossa disposição calculadoras virtuais, modelos de planilha e, principalmente, os sistemas ERP. Estes últimos possuem uma enorme vantagem por sincronizarem todos os dados da sua oficina que tenham relação com o demonstrativo, garantindo um cálculo muito mais preciso da DRE para a sua oficina.
Leia mais: Por que um sistema de gestão para oficinas é essencial para empresas da reparação automotiva?
Faça a DRE da sua oficina de forma automática com a Oficina Inteligente
Quando falamos de sistema ERP, a Oficina Inteligente se diferencia dos outros disponíveis no mercado por três fatores. Primeiramente, ele disponibiliza uma ampla gama de recursos para uma gestão extremamente detalhada e completa. Em segundo lugar, ela oferece ferramentas especialmente desenvolvidas para a realidade do ramo de reparação automotiva. Por fim, ela contém uma ferramenta dedicada à DRE, que calcula automaticamente todos os indicadores necessários e fornece o relatório pronto e formatado de acordo com as exigências para esse documento.
Assim, ao alimentar adequadamente o nosso sistema com os dados da sua empresa, você obtém uma DRE com indicadores extremamente precisos e confiáveis – seja para o governo ou para o próprio gerenciamento da sua empresa.
Diante dessas vantagens, não resta dúvidas de que vale a pena ter a Oficina Inteligente como aliada para fazer a gestão e a contabilidade da sua oficina. Logo, não perca mais tempo. Entre em contato com os nossos especialistas e descubra como a gente pode ajudar você a usufruir o máximo da DRE na sua oficina.